O mundo está mudando. Recentemente, Angelo Públio escreveu um artigo sobre quais serão as forças que impactarão as empresas do futuro, em especial para os negócios relacionadas à tecnologia. Mas, o desafio para gestores de TI é ainda maior. No cenário atual, as transformações não são apenas “grandes”, mas também incrivelmente rápidas.
Quando analisamos os últimos anos, é possível perceber como as demandas por tecnologias se transformou. Se há aproximadamente 2 anos, as necessidades e o foco das empresas estavam no desenvolvimento de aplicativos para mobile, hoje as exigências são muito maiores.
Nos últimos anos, os setores de TI passaram por vários períodos de adaptação, e agora é preciso se preparar para as condições da revolução industrial 4.0, com a grande maioria dos produtos conectando-se à internet (Internet das Coisas) e integrando-se à assistentes pessoais, como a Siri, Alexa e Google Home.
Foi possível ver parte destas tecnologias em ação na CES 2018 , como o espelho e a cozinha Smarthub. Isso quando falamos de tecnologias já existentes ou que, pelo menos, estão no radar. Ainda há um grande espaço para novas tecnologias disruptivas que transformarão ainda mais o cenário atual.
Para gestores de TI
Essa velocidade de transformações está influenciando o hábito das pessoas e, consequentemente, a cultura corporativa, tem que se adaptar. Antigamente, pelo bem do controle dos processos, qualquer mudança corporativa tinha que passar por um longo período de procedimentos.
Na gestão de TI, a cultura de centralização e controle significou grandes departamentos responsáveis pelo atendimento de TODAS as necessidades da organização. Hoje, isso é simplesmente inviável.
A segurança dos dados é outro aspecto defendido por centralizadores. No entanto, como pudemos perceber nos últimos grandes ataques cibernéticos à corporações, uma vez que o invasor passou pelos “portões de segurança”, os estragos podem ser imensos.
Há uma alternativa para o “isolamento” como resposta à este problema. Investimentos em controles internos, por meio de autenticações e monitoramento constante, são uma opção que possibilita a integração de sistemas, protege as informações e ainda aumenta a capacidade de flexibilização e velocidade de mudança da empresa.
Selva Digital
As novas soluções com o uso da tecnologia de computação em nuvem e os modelos de negócios baseados em assinaturas estão alterando completamente o ecossistema. Cada vez mais, empresas estão se especializando em certos serviços e produtos, simulando o biossistema das selvas tropicais, onde apenas os animais e plantas mais especializados sobrevivem às forças darwinianas da natureza.
Assim como nas selvas, apenas os serviços especializados capazes de integrar-se com o ambiente sobreviverão. Neste novo ecossistema, as soluções serão cada vez mais complexas e interdependentes.
Um dos maiores e mais utilizados exemplos deste cenário está nas API’s de Machine Learning do Google, que já são utilizados por diversas organizações para melhorar a inteligência de seus aplicativos.
O futuro parece promissor para aqueles capazes de entender as necessidades de transformações rápidas e eficientes, através da integração e divisão de funções, setores internos e serviços terceirizados.
“Ceder” parte das funções pode parecer ruim para gestores de TI. No entanto, é preciso lembrar que, quando isso acontecer, o setor terá menos preocupações com questões relacionadas à armazenamento ou à serviços específicos, e poderá aplicar mais tempo à análises relevantes que garantam a continuidade do negócio.
Como sobreviver neste novo ecossistema? O primeiro passo é entender como essas mudanças impactarão o seu negócio. Você já está preparado?
Comentários