Em maio, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos lançará definitivamente as bases para o contrato de IaaS que já vem movimentando o mercado desde o primeiro trimestre. O edital prevê o recebimento de propostas de empresas interessadas em fornecer serviço de nuvem ao Pentágono.
De acordo com os porta-vozes do governo americano, apenas uma será escolhida e fornecerá IaaS ao exército pelos próximos dez anos em um contrato estimado em US$ 10 bilhões por ano. Dado o porte do edital, grandes players como Amazon, Microsoft, IBM e Oracle lideram automaticamente a disputa pelo contrato bilionário.
A proposta esteve em consulta pública até o final de abril. O fato é que o contrato, mesmo em esboço, tem causado burburinho na indústria de TI americana e repercutido no mundo todo por alguns motivos: a extensão do contrato, a importância estratégica do setor contratante e a concentração dos serviços em um único fornecedor.
IaaS em terra de gigantes
Atualmente, a Amazon leva vantagem em infraestrutura na nuvem com mais de 30% do market share global, com larga vantagem sobre a Microsoft, que fica em segundo lugar nesse ranking. O primeiro lugar disparado, não é exatamente um ponto positivo na disputa por motivos políticos. É claro o incômodo do presidente Donald Trump com a Amazon.
Trump tem demonstrado publicamente sua insatisfação com a companhia baseada em Seattle, e disposição para abrir uma guerra contra a empresa, buscando formas de atacá-la em uma guerra fiscal. O presidente pode usar legislações antitruste e novas regras fiscais para conter o crescimento desenfreado da Amazon.
Esse fato pode abalar a vantagem da empresa de Jeff Bezos. Algumas de suas concorrentes diretas como a Microsoft e a IBM já se manifestaram oficialmente sobre o edital, lançando algumas dúvidas sobre ele. Para elas, um único vencedor desperta preocupações relativas à segurança e constrói barreiras à entrada de tecnologias emergentes.
O Pentágono, por sua vez, manifesta seu desejo de migrar sua tecnologia de informação para a nuvem com o objetivo de impulsionar o uso da inteligência artificial e da Internet das coisas.
Vamos seguir acompanhando o lançamento do edital, seus termos e quem levará esse contrato bilionário pelo IaaS do Pentágono. Quais são as suas apostas?
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