A Oracle possui diversas regras de licenciamento, mas há um cenário que costuma gerar muitas dúvidas nos clientes: o licenciamento para ambientes de recuperação de dados. Neste post, vamos esclarecer as mais comuns.
Para a Oracle, há 4 casos distintos de ambientes de recuperação de dados. Vamos analisá-los um a um:
Backup
Definição: Neste caso, existe uma cópia da estrutura física do banco de dados. Se os dados originais forem perdidos, os arquivos de backup podem ser usados para reconstruir a informação perdida do banco de dados Oracle. A cópia de backup inclui componentes importantes da estrutura física do banco de dados, como arquivos de controle, registros e arquivos de dados. Estes arquivos físicos podem ser armazenados em servidores, storage arrays, disk drives ou CDs/DVDs.
Regras de licenciamento: Neste cenário, não é necessário realizar o licenciamento da base de dados backup. Porém, essa opção é a mais vulnerável para a recuperação de dados, pois pode trazer a perda de dados entre o último backup realizado e a data do desastre. Além disso, o tempo de paralisação do ambiente é geralmente maior.
Failover
Definição: Neste tipo de ambiente de recuperação, nós (nodes) são configurados em um “cluster”, sendo que o primeiro nó funciona como nó primário. Se este falha, um dos demais nós no cluster passa a agir como o nó primário.
Regras de licenciamento: Nesse cenário, a Oracle permite utilizar o Oracle DB em máquinas não licenciadas até o limite de 10 dias não-consecutivos por ano. Mas há algumas condições: as máquinas devem estar arranjadas em cluster e compartilhar apenas uma unidade de disco; assim que o nó primário for reativado, é preciso voltar a utilizá-lo imediatamente; apenas um nó failover por cluster está livre de custo (por até 10 dias não-consecutivos por ano). Qualquer outro uso requer o licenciamento completo do ambiente.
Standby
Definição: Uma ou mais cópias do banco de dados primário são mantidas em servidores separados ao mesmo tempo. Os ambientes de uma configuração standby podem estar dispersos geograficamente e conectados pelo Oracle Net Services. Conforme o banco de dados primário é modificado, os registros gerados pela mudança são enviados para os bancos de dados standby. Se a base de dados primária falha, um servidor standby pode ser ativado como novo banco de dados primário.
Regras de licenciamento: Nesse ambiente, tanto a base de dados primária quanto a standby devem ser licenciadas. Há uma exceção se um cliente Enterprise utiliza um RAC como servidor primário (não como standby), então a licença não é obrigatória.
Remote Mirroring (Espelhamento Remoto)
Definição: Este método envolve o espelhamento da unidade de armazenamento ou discos compartilhados. Para implementar um ambiente de espelhamento, os arquivos de dados, executáveis, binários e DLLs da Oracle são replicados na unidade de armazenamento espelhada.
Regras de licenciamento: Neste ambiente, o ambiente primário deve ser licenciado e, se instalado e executado no ambiente secundário, também deve ser licenciado em ambas as bases de dados. Se um Option ou Management Pack (exceto RAC) é licenciado no servidor primário, ele também deve ser licenciado no servidor espelhado. Se o RAC está no servidor primário mas não no espelhado, então o licenciamento não é obrigatório.
Cenários Especiais
Dois casos merecem uma análise especial, por gerarem muita dúvida:
Clientes Enterprise RAC One Node: Estes clientes podem utilizar um banco de dados standby sem licenciamento por um máximo de 10 dias não-consecutivos por ano. Caso a utilização ultrapasse 1 dia corrido, é necessário licenciar o ambiente.
Como já detalhado acima, em casos onde um segundo banco Oracle foi instalado em outra máquina (Enterprise/DataGuard ou Standard com modo standby) é necessário licenciar o segundo ambiente.
Com informações de: http: Oracle Data Recovery Licensing – PDF
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